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quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Viúva


Em busca de uma foto do Macaibense Augusto Severo nas páginas virtuais da net me deparei com um site que de cara me chamou atenção. Era uma poesia sobre a viúva, vi o título da poesia "Viúva negra" logo me reportei aos bancos de réus que indignado vou ser jure e em um desses; a ré era conhecida por viúva negra.
                    -Para, não ri.
Peço desculpas, mas foi o que de primeiro o título me fez visualizar. Já era o terceiro marido que aquela aparentemente frágil e franzina senhora com feição bondosa me fez pensar.
Li atentamente a poesia de João da Mata, que até o sobrenome do autor me levava ao meu banco de memória, mas inúmeras fotografias de símbolos misturando-se harmoniosamente com mulheres de uma ficção heróica, mítica onde mistura o sacro/profano me fazendo beijar os pés de Dali a Picasso.
Caramba! O que esse ditirâmbico escritor está fazendo com os meus arquivos? Abrindo-os como mágico a caixa de Pandora e retirando todas as ligações que eu tenho a guardar de um mundo que nada me agrada.
                   -Tem medo de que monstro?
O enorme medo de ser convocado mais uma vez pela justiça para realizar um ato que leva você a decidir a vida de um outro ser. Me sinto na santa inquisição, prestes a enviar alguém a fogueira ou... Liberdade sempre.
                   -Mesmo que seja um monstro?
Vê como viajei. Esse João é muito bom. Meus parabéns.
                   -E a viúva primeira, a minha?
Ganhou liberdade pela terceira vez. Falta de provas e alegado legítima defesa.