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segunda-feira, 21 de maio de 2012

NO TEMO DE MDB E ARENA


         47 anos de vida e desde que me entendo por gente eu escuto  falar de política partidária, começando lá em casa. Essa história de candidatos e partidos não rezava muito bem nos rozários das comadres e compadres da redondeza de onde o miolo era a minha residência. Esse negócio de gritar nome de candidato e seguir eles por diversos partidos, nem em sonho. Fidelidade era a palavra de ordem e COR era o prevalecia. Você era verde ou encarnado. E olhe a danada da cor imperando mais uma vez. Acredito que deva existir algum estudo, tese, pesquisa em andamento que esteja se cascaviando a influência das cores na sociedade. Espero. Mas aqui quero deixar bem claro uma coisa; lá em casa não era coito de fofoqueiros  e desocupados que deixavam o feijão queimando para ficarem nas calçadas falando da vida alheia, isso NUNCA! Minha avó materna era daquelas mulheres que nasceu para a caridade. Paupérrima, mas rica de boa vontade. E acredito que ela deveria ser descendente de umas daquelas pessoas que presenciaram o milagre da multiplicação dos pães, pois nunca vi uma mulher pobre igual a vó Chiquinha para receber a parentalha do interior, povo mais pobre que nós e que recebia muito bem. Todos comiam, bebiam e pousavam dias e mais dias. Repartia com o próximo o que já era pouco para os seus. Quem herdou essas qualidades da minha avó foi minha mãe, que além dela ser professora em escola pública, também era arteira, daquelas metidas em saber fazer tudo e nesse tudo ensinava prendas domésticas as moças de nossa cidade.
         Interessante como política está nos poros e nos fazeres de cada um, construindo essa edificação infinita que se chama cultura, pulsando cada cidade, medindo o valor de cada indivíduo  e buscando na mais ínfima das armadilhas e esconderijos existente dentro de cada um os seus monstros, e os libertando em uma fervorosa compulsão. essa e a força da danada da política que exalta os lideres, os espertos e ambiciosos e que expõe na real revelação quem realmente você é. "Queres conhecer o homem? Dê poder a ele" Mas no tempo do MDB e ARENA era tudo festa, folia, diversão. Pra nós que só conhecia festa de ano em ano nas comemorações da padroeira da cidade, aquele período era de muita alegria. Era um verdadeiro circo, onde nós éramos os verdadeiros palhaços. A tecnologia só veio desmontar esse grande circo, nos proporcionando conhecimento, nos concientizando, esclarecendo, nos informando. Olhando para trás com o olho da saudade percebo como era bom o que aquele momento político provocava em minha família, mas o olho da consciência condena revoltosamente aqueles que enriqueceram as custas da nossa inocência. Que cor é a sua hoje nessa pisada desconpassada onde árvores invisíveis se espalham nesse enorme Brasil, emaranhando-se entre nuvens e confundindo os que atentos não estão. Que cor era o seu candidato que você votou na campanha passada?


Prevaleceu o preto?

Aos poucos o circo está sendo desarmado, as famílias continuam em sua descendência, a tecnologia está cada vez mais contribuindo para a conscientização através dos veículos de comunicação e e o ARENA e MDB realizaram um farto casamento onde hoje os seus descendentes é uma disma periódica.

Juscio / 18 de agosto de 2010.

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