NO TEMO DE MDB E ARENA
47 anos de vida e desde que me entendo por gente eu escuto falar de
política partidária, começando lá em casa. Essa história de candidatos e
partidos não rezava muito bem nos rozários das comadres e compadres da
redondeza de onde o miolo era a minha residência. Esse negócio de gritar
nome de candidato e seguir eles por diversos partidos, nem em sonho.
Fidelidade era a palavra de ordem e COR era o prevalecia. Você era verde
ou encarnado. E olhe a danada da cor imperando mais uma vez. Acredito
que deva existir algum estudo, tese, pesquisa em andamento que esteja
se cascaviando a influência das cores na sociedade. Espero. Mas aqui
quero deixar bem claro uma coisa; lá em casa não era coito de
fofoqueiros e desocupados que deixavam o feijão queimando para ficarem
nas calçadas falando da vida alheia, isso NUNCA! Minha avó materna era
daquelas mulheres que nasceu para a caridade. Paupérrima, mas rica de
boa vontade. E acredito que ela deveria ser descendente de umas daquelas
pessoas que presenciaram o milagre da multiplicação dos pães, pois
nunca vi uma mulher pobre igual a vó Chiquinha para receber a parentalha
do interior, povo mais pobre que nós e que recebia muito bem. Todos
comiam, bebiam e pousavam dias e mais dias. Repartia com o próximo o que
já era pouco para os seus. Quem herdou essas qualidades da minha avó
foi minha mãe, que além dela ser professora em escola pública, também
era arteira, daquelas metidas em saber fazer tudo e nesse tudo ensinava
prendas domésticas as moças de nossa cidade.
Interessante como política está nos poros e nos fazeres de cada um,
construindo essa edificação infinita que se chama cultura, pulsando cada
cidade, medindo o valor de cada indivíduo e buscando na mais ínfima
das armadilhas e esconderijos existente dentro de cada um os seus
monstros, e os libertando em uma fervorosa compulsão. essa e a força da
danada da política que exalta os lideres, os espertos e ambiciosos e que
expõe na real revelação quem realmente você é. "Queres conhecer o
homem? Dê poder a ele" Mas no tempo do MDB e ARENA era tudo festa,
folia, diversão. Pra nós que só conhecia festa de ano em ano nas
comemorações da padroeira da cidade, aquele período era de muita
alegria. Era um verdadeiro circo, onde nós éramos os verdadeiros
palhaços. A tecnologia só veio desmontar esse grande circo, nos
proporcionando conhecimento, nos concientizando, esclarecendo, nos
informando. Olhando para trás com o olho da saudade percebo como era bom
o que aquele momento político provocava em minha família, mas o olho da
consciência condena revoltosamente aqueles que enriqueceram as custas
da nossa inocência. Que cor é a sua hoje nessa pisada desconpassada onde
árvores invisíveis se espalham nesse enorme Brasil, emaranhando-se
entre nuvens e confundindo os que atentos não estão. Que cor era o seu
candidato que você votou na campanha passada?
Prevaleceu o preto?
Aos
poucos o circo está sendo desarmado, as famílias continuam em sua
descendência, a tecnologia está cada vez mais contribuindo para a
conscientização através dos veículos de comunicação e e o ARENA e MDB
realizaram um farto casamento onde hoje os seus descendentes é uma disma
periódica.
Juscio / 18 de agosto de 2010.
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OBRIGADO POR ESTÁ COMIGO E LENDO VISUALMENTE O MEU EU. ABRAÇÃO!!!
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